São Paulo, segunda-feira, 17 de junho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Santos vende Giovanni por US$ 7,7 milhões a Barcelona

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
FREE-LANCE PARA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O Santos acertou ontem a venda do meia-atacante Giovanni para o Barcelona por R$ 7,736 milhões. Os 10% do valor do passe a que o jogador tem direito serão pagos pelo clube espanhol.
Ao comprar o atleta santista, o Barcelona também se comprometeu a convidar o time paulista para disputar o torneio de verão que o clube realiza anualmente.
O presidente Samir Abdul Hak e o diretor José Paulo Fernandes, na Espanha desde sábado, acertaram ontem com Joan Gaspart, vice-presidente do Barcelona, os detalhes finais da venda de Giovanni.
Os US$ 7,736 milhões que o Santos receberá são o maior valor ganho por um clube brasileiro na venda de um jogador.
O São Paulo, ao ceder Juninho para o Middlesbrough, da Inglaterra, recebeu US$ 7,5 milhões.
O salário
Giovanni viajou ontem à tarde para Barcelona, acompanhada por Ana Rosa, sua mulher, e José Roberto Martins, seu procurador.
O jogador terá hoje uma primeira reunião com José Nuñes, presidente do Barcelona, para definir as bases contratuais com a equipe espanhola.
Nuñes quer que o brasileiro assine contrato por cinco anos.
Em reunião que teve com o empresário Juan Figer, representante do Barcelona, em Santos, Giovanni concordou com os cinco anos, mas exigiu US$ 1 milhão livre de despesas por temporada.
O Barcelona ainda não anunciou oficialmente a transação com receio de que se repita o caso Vítor Baia.
Os espanhóis haviam acertado com o Benfica a compra do goleiro da seleção portuguesa, mas, como não houve acordo salarial com o jogador, o negócio acabou sendo desfeito.
Além de acertar o salário, Giovanni, que deve voltar quarta para o Brasil, fará exames médicos.
A concorrência
Seraphim del Grande, vice-presidente de futebol do Palmeiras, afirmou que a Parmalat oferecera US$ 7 milhões por Giovanni, incluindo o passe de Reinaldo.
"Mais do que isto fica muito difícil", explicou o dirigente, que reclamou dos problemas financeiros vividos pelos clubes brasileiros.
"Não é por termos a Parmalat que faríamos uma loucura", disse.
Segundo o dirigente, o Palmeiras igualou despesas e receitas no primeiro semestre. "Ganhamos um pouco de dinheiro no Paulista, mas perdemos na Copa do Brasil."

Colaborou João Carlos Assumpção, da Reportagem Local

Texto Anterior: Desorganização no futebol custa caro a clubes
Próximo Texto: Disque-ingresso para decisão vende 5.000
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.