São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 1996
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Para Malan, atraso não ameaça Real

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem que o Plano Real não corre riscos, ao menos no curto prazo, com a perspectiva de não-aprovação das reformas constitucionais.
"Temos insistido que as reformas são fundamentais, mas isso não quer dizer que, se esse Congresso não aprová-las ontem, ou hoje, o Real colapsa (entra em colapso) hoje", disse na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.
As declarações de Malan mostraram uma nova postura do governo diante da virtual derrota na reforma da Previdência. Até então, os governistas argumentavam que o Real dependia das reformas.
Malan disse lamentar que os parlamentares não estejam convencidos da necessidade de mudar as regras das aposentadorias. Segundo o ministro, a Previdência terá déficit de R$ 2,5 bilhões neste ano e prejuízos maiores depois.
O ministro, convidado para falar sobre as contas públicas e o uso de bancos federais no socorro ao Nacional e Econômico, gastou mais tempo discorrendo sobre as críticas sofridas hoje pelo governo.
Malan previu crescimento econômico entre 3% e 3,5% ao ano em 96, disse que a área social é tão ou mais prioritária que o controle da inflação e negou que o programa de fusões bancárias pretenda "socorrer banqueiros".
Segundo Malan, a economia já está em processo de reaquecimento. "Só não vê quem não quer".
Será possível, disse, crescimento econômico de 4,5% ao ano ou mais a partir do próximo ano.

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