São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 1996
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Covas faz festa para liberar verbas a prefeitos

Repasses atendem a pedidos de 537 municípios de São Paulo

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A quatro meses da eleição, o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), fez ontem (e repete hoje) solenidade no Palácio dos Bandeirantes para assinar convênios com 537 prefeituras.
Trata-se da distribuição de recursos aos municípios. A eleição está prevista para 3 de outubro. Em 1995, Covas praticamente não atendeu aos pedidos dos prefeitos.
As autorizações dos repasses envolvem R$ 75,5 milhões, segundo o governo, em 1.272 acordos.
Covas, que sempre se queixou da falta de caixa para investimentos, demonstrou "espírito olímpico".
Os convênios atendem desde a construção de piscinas, alambrados de estádios e ginásios esportivos até a conclusão de obras em matadouros, construção de casa do mel, poços, pavimentação etc.
Os contratos abrangem várias secretarias, como Segurança, Recursos Hídricos, Transportes, Educação, Saúde, Agricultura, Habitação e Esportes. Os acordos, segundo o governo, resultam de 36 reuniões de Covas com prefeitos.
Calendário
O governo já reconheceu que o calendário eleitoral apressou os repasses. A legislação proíbe transferência de verbas de 30 de junho até a realização do pleito.
A Justiça Eleitoral já recebeu representação do PT sobre essas verbas. Como os recursos podem chegar às cidades após a eleição, o PT vê risco de barganha eleitoral para liberação mais ágil das verbas.
"O surto de generosidade torna os prefeitos devedores", diz o deputado estadual Rui Falcão (PT).
Covas diz que prefeitos de todos os partidos foram beneficiados e que não há fins eleitorais. "O clientelismo passa por cima das siglas no interior, onde coligações e apoios obedecem situações regionais", rebate Falcão.

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