São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 1996
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Agência dos EUA mantém 'risco' Brasil

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A agência norte-americana de classificação de riscos de crédito Standard & Poor's divulgou ontem que mantém a nota dada aos títulos externos do Brasil, B+.
É uma má notícia para o governo brasileiro, que está em campanha para que as empresas de "rating" (classificação de riscos) internacionais melhorem as notas dos papéis da República no exterior -o que ajudaria o país pagar taxas de juro menores em seus eurobônus e samuraibônus.
Na escala da Standard & Poor's, que vai de AAA a D, a nota B+ coloca o país no grau de investimento especulativo.
Para os papéis da dívida interna federal, classificados pela primeira vez por essa agência, a nota foi melhor, BB. É um ponto acima na escala da Standard & Poor's e apenas um degrau abaixo do BBB, nível de investimento seguro.
Segundo a empresa, a avaliação dos papéis brasileiros internos e externos pode melhorar nos próximos meses.
"As perspectivas do país são boas e as notas podem subir", disse à Folha o diretor de comunicações da S&P, Michael Dorfsman, por telefone, de Nova York.
No relatório enviado aos investidores internacionais pela empresa, os analistas John Sevilla e Lacey Gallager explicam que a nota dos papéis internos brasileiros é melhor porque a capacidade de pagamento do governo é maior em reais do que em dólares.
Para ambas as notas subirem, o país terá que controlar os gastos públicos e avançar nas reformas administrativa, fiscal e previdenciária.

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