São Paulo, domingo, 23 de junho de 1996 |
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'Inteligência' da PM agia desde setembro
LUCAS FIGUEIREDO
Com a ajuda da prefeitura local, um oficial comandava o "serviço de inteligência" da PM na região desde setembro do ano passado. As informações constam de um relatório reservado da PF (Polícia Federal), de 136 páginas, sobre o massacre de Eldorado do Carajás. A Folha teve acesso a esse documento. O relatório anota que, com a função de acompanhar o movimento dos sem-terra, "o capitão Figueiredo estava em Curionópolis em operação de informações desde setembro de 95". O oficial é identificado apenas pelo sobrenome. Secretário Ainda de acordo com o relatório, o militar tinha "auxílio da prefeitura da cidade, na pessoa do secretário da Administração, sr. Aquino"- o nome correto do secretário, segundo apurou a Folha é Aquilino Sanches. Aquilino diz: "De fato aqui esteve um capitão Figueiredo. Ele procurava a prefeitura como qualquer outro cidadão, para usar o telefone". O secretário nega que tenha dado assistência ao militar, cujo nome completo diz desconhecer. "Consta que o capitão usava (sic) dos militares infiltrados no acampamento do MST", descreve a PF. De acordo com o relatório, o capitão Figueiredo teria "saído de Curionópolis após o conflito". O documento conclui que o comando da PM tinha "completo conhecimento da situação, inclusive da disposição de enfrentamento por parte de integrantes do MST". (LF) Texto Anterior: Relatos reforçam suspeita Próximo Texto: O que fizeram os três Poderes Índice |
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