São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 1996
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Israel rejeita pressão dos países árabes

Christopher visita região

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo israelense rechaçou ontem as reivindicações dos países árabes para que se retire das colinas do Golã e da parte leste de Jerusalém e disse que não aceitará precondições para negociar a paz.
"Segundo a versão da outra parte, Israel deve empreender uma retirada total e dividir Jerusalém, desmantelar os assentamentos etc. Essa posição é inaceitável", disse o chanceler israelense, David Levy.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que as condições árabes são "incompatíveis com o processo de paz" e "devem ser eliminadas".
As reivindicações foram reafirmadas no documento final da conferência de países árabes realizada no fim-de-semana no Cairo.
Ante a perspectiva de o governo direitista de Israel voltar atrás em compromissos já assumidos, os países árabes deixaram claro que podem fazer o mesmo.
O secretário de Estado dos EUA, Warren Christopher, inicia hoje uma visita ao Oriente Médio, no momento em que as visões de árabes e israelenses para as negociações parecem incompatíveis.
Christopher se reunirá separadamente com Binyamin Netanyahu, com o presidente do Egito, Hosni Mubarak, e com o líder palestino Iasser Arafat. Com Netanyahu, Christopher deve tentar esclarecer a posição do governo de Israel em relação ao futuro das negociações.
Hebron
O ministro da Educação de Israel, Zevulun Hamer, disse ontem que o Exército israelense pode manter a ocupação de Hebron.
A retirada israelense da cidade, determinada pelos acordos de paz com os palestinos, deveria ter ocorrido em 28 de março.
Ele afirmou em Paris que o Exército pode manter "posições estratégicas" na cidade. "Este governo não começará seu mandato com a possibilidade de judeus serem mortos em Hebron", disse.

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