São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 1996
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Excesso de flúor é prejudicial

DA REPORTAGEM LOCAL

Além da falta de mastigação, a "retenção prolongada" pode ser causada pelo excesso de flúor, substância usada no tratamento de prevenção a cáries.
Estudo feito pelo professor de ortodontia da Universidade de Guarulhos Marcelo Garducci apontou uma tendência à "retenção prolongada" nos pacientes em contato frequente com a água fluorada. Baseado em atendimentos clínicos e em radiografias de 120 crianças, o estudo indicou que o flúor petrifica o dente e aumenta o ligamento que o une ao osso.
O dente permanente se desvia da posição normal em que deveria nascer e perde a força de erupção -ou seja, sua raiz nasce, mas ele demora a surgir.
"Existe um equilíbrio entre a reabsorção (queda) do dente-de-leite e a formação do dente permanente", explica Garducci.
Segundo ele, os caninos e molares de leite são os que têm maior tendência a esse tipo de problema.
Segundo a dentista Maria Salete Correa, problemas individuais também podem causar lentidão na troca dos dentes. Ela cita distúrbios endócrinos, traumas decorrentes de quedas, existência de dentes supranumerários (em excesso) e questões hereditárias.
"Cada caso deve ser analisado levando-se em conta a individualidade do paciente", diz. A odontopediatra Rosa Maria Lauretti diz que algumas mães não têm coragem de arrancar os dentes dos filhos, o que também prejudica.

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