São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 1996
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Desemprego sobe menos, mas vai a 16,1%

DA REDAÇÃO

A taxa de desemprego total na região metropolitana de São Paulo chegou a 16,1% em maio último, próxima ao recorde de 16,2% em junho de 92 e equivalente a 1.363.000 pessoas sem trabalho. No mês anterior era de 15,9%.
Os dados, divulgados ontem, são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese.
Pedro Paulo Martone Branco, diretor executivo da Seade, disse que o ritmo de crescimento do desemprego diminuiu, como era esperado. A tendência, agora, é de que a taxa total comece a cair, até por fatores sazonais (de época do ano) e devido ao relaxamento das restrições ao crédito.
Essa expectativa é reforçada por indicadores vindos de outras áreas, como a pesquisa da Fiesp sobre nível de emprego na indústria (a segunda semana de junho teve leve resultado positivo, o que não ocorria desde abril de 95).
A taxa de desemprego aberto, segundo a PED, recuou de 11% em abril para 10,8% em maio. A de desemprego oculto passou de 4,9% para 5,3%. A indústria continuou a fechar vagas em maio (menos 42 mil). Houve crescimento no comércio (+22 mil) e em serviços (+37 mil) e queda em outros setores (-13 mil), como construção e serviços domésticos. Com isso, o número de ocupados subiu de 7.101.000 para 7.105.000. Mas a população ativa (está ocupada ou desempregada) passou de 8.443.000 para 8.468.000 de pessoas.
No início do Real, disse Martone, o desemprego na indústria era compensado por novas vagas em serviços etc., embora com trabalho mais precário e rendimento mais baixo. Agora, outros setores não compensam tanto.
Em abril, o rendimento médio real dos ocupados cresceu 1,2%, após três meses de queda. O dos assalariados aumentou só 0,4%.

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