São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 1996
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Ziuganov busca apoio religioso

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O candidato neocomunista à Presidência da Rússia, Guennadi Ziuganov, reuniu-se ontem com o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa e prometeu que, se eleito, não permitirá que fiéis sejam perseguidos, como ocorria na época da União Soviética.
Com as declarações, quis afastar as acusações de seu adversário, o presidente Boris Ieltsin, de que pretende promover uma "volta ao passado" no país.
"Os dois lados denunciaram unanimemente a discriminação contra a igreja pela liderança antiga e declararam que não deve haver retorno a ela", disse um comunicado do comitê de Ziuganov.
"Na nova conjuntura, o público precisa que a igreja assuma um papel mais intenso em diversas esferas, particularmente em missões de paz, caridade, serviços sociais e formação moral", afirmou o texto.
Ziuganov afirmou que seu partido abandonou o ateísmo, mas é favorável à criação de uma "nova ideologia estatal a ser elaborada com a participação direta de grupos religiosos e sociais".
Ele também prometeu combater a "imoralidade" nos meios de comunicação de massa e restaurar os valores espirituais russos.
A Igreja Ortodoxa é uma das poucas instituições respeitadas quase que unanimemente pela população da Rússia.
Após décadas de perseguição, frequentar a igreja tornou-se moda. Por causa disso, Ieltsin e Ziuganov têm tentado uma aproximação com o eleitorado religioso.

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