São Paulo, segunda-feira, 1 de julho de 1996
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Detetive nega perseguição

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O detetive particular Alceu Alves Guimarães, 40, negou, ao depor à polícia, anteontem à noite, que outras pessoas estivessem seguindo Suzana Marcolino da Silva em São Paulo.
A agência de Guimarães, a Mega Detetives, havia sido contratada pelo empresário paulista Caio Ferraz, um amigo de PC Farias, para seguir Suzana em São paulo.
Em entrevistas, o detetive havia dito durante todo o sábado que, além de seus agentes, dois outros homens em uma motocicleta teriam seguido a namorada de PC Farias.
Quando, às 19h30, começou a depor no 30º DP, resolveu voltar atrás. "Até então, ele não era acusado de nada, mas se mentisse no depoimento poderia ser acusado de falso testemunho", disse o delegado Naief Saad Neto, que chefia a investigação em São Paulo.
Valorizando o trabalho
Então, Guimarães disse que havia inventado a história da motocicleta que seguia Suzana para "valorizar seu trabalho".
Essa história aparece na fita cassete com as três conversas telefônicas gravadas entre o detetive e Caio Ferraz.
Nelas, o empresário cobra a entrega do relatório sobre o acompanhamento da passagem de Suzana por São Paulo.
O detetive tenta descobrir quem encomendou o serviço e justificar a não-entrega do relatório ao cliente.
Guimarães havia sido contratado por R$ 1.500. Já recebeu R$ 800 e está passando "dificuldades financeiras". Ele ainda não entregou o relatório.
O delegado Saad Neto disse que não achou os dois funcionários de Guimarães que teriam seguido Suzana. Eles seriam, segundo o detetive, Luiz Carlos e Toninho.
Para a polícia, existe a hipótese de essas pessoas não existirem. Guimarães disse não ter muitas informações sobre o que Suzana fez em São Paulo..
As cópias dos depoimentos tomados pelo 30º DP serão enviados pela Delegacia Geral de São Paulo para a polícia de Alagoas.
(MG)

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