São Paulo, segunda-feira, 1 de julho de 1996 |
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'Reorganização foi autoritária'
DA REPORTAGEM LOCAL A crítica mais comum à administração Mário Covas na área de educação é relacionada à imposição da reforma no ensino."Eu destacaria, nessa administração, as relações antidemocráticas com a rede e com seus organismos de representação", afirma o presidente da Apeoesp (sindicato dos professores do Estado), Roberto Felício, 44. "Medidas autoritárias como a reorganização das escolas são contraproducentes", diz o presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, Cesar Callegari, 43 (PMDB). A reorganização -que consistiu em redistribuir alunos pelas escolas, criando colégios que atendem apenas da 1ª à 4ª série- é também um dos pontos controversos. Felício e Callegari afirmam que o fechamento de "mais de cem escolas" e a diminuição do número de estabelecimentos que oferecem cursos noturnos levarão a uma evasão "sem precedentes". Elisa Toneto, do Movimento Pró-Educação, que reúne pais e mães de alunos, afirma que o governo está longe de cumprir o que prevê seu programa: um piso de cinco salário mínimos para os professores. Hoje o piso está em R$ 258 (20 horas semanais). Cinco salários mínimos seriam R$ 560. Ela destaca ainda que a secretaria se comprometeu a estabelecer mecanismos de controle dos gastos das APMs (Associações de Pais e Mestre), mas que isso não ocorreu. São as APMs que gerenciam verbas repassadas às escolas. Texto Anterior: Oposição fala em 'desmanche' Próximo Texto: Dono de clínica de idosos pode ser solto Índice |
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