São Paulo, segunda-feira, 1 de julho de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Excursão revela China burocrata e pobre
CLAUDIO GARON
A partir de Macau, o passeio mais trivial é à adjacente Região Econômica Especial de Zhuhai. Não a mais pobre, nem sequer a mais rica das regiões da China, ela é uma ducha de água fria para quem espera encontrar reflexos do milagre econômico chinês. Tudo começa com as pré-históricas formalidades burocráticas da imigração chinesa. Se você fizer parte de um grupo, receberá um broche de plástico numerado. O grupo deverá passar pelo controle de passaportes em ordem ascendente de número, e em nenhuma outra. Depois disso, você é levado para a casa de Sun Yat-sen (1866-1925), fundador da República na China e autor de "Os Três Princípios do Povo". Lá estão a cama, o escritório, o banheiro, o templo etc. usados pelo herói nacional. Tudo regado a muitas lojas de suvenires -até parece a vingança contra as quinquilharias impingidas pelos europeus no passado. Dali, um passeio a uma comuna chinesa. Vão dizer que é uma das mais ricas da região. Não há miséria, mas a pobreza é a regra. A comuna talvez seja o melhor lugar para comprar o tradicional boné de Mao, completo, que vem até com a estrela vermelha. O final da viagem é no mercado de Gongbei. Na verdade, até parece uma feira, onde o espetáculo mais fascinante são os próprios chineses. É o local certo para superar o preconceito de que todos os orientais são iguais. Texto Anterior: Língua portuguesa é um doente terminal na região Próximo Texto: Hong Kong é palco de disputa ideológica Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |