São Paulo, segunda-feira, 1 de julho de 1996
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História começa com navegador lusitano

CLAUDIO GARON
DO ENVIADO ESPECIAL A MACAU

A história portuguesa de Macau começa com o navegador Jorge Álvares, na passagem do século 15 para o 16. Depois que Vasco da Gama descobriu o caminho oceânico para a Índia, lusitanos começaram a explorar os mares do Oriente.
Foi a partir de Malaca (atual Malásia) que Álvares navegou até a China. Perdeu-se a data de sua primeira chegada, e a primeira referência escrita ao local com o nome de Macau é de 1552.
Os comerciantes portugueses buscaram abrigo num pequeno porto onde havia templo dedicado à deusa Á-Má -possível origem do nome Macau, que seria corruptela de baía de Á-Má (pronuncia-se Á-Má Gao, em chinês).
O estabelecimento formal de um entreposto comercial português data de 1557, feito com a anuência dos chineses, a quem Portugal pagava um aluguel pelo uso da terra.
Primeira praça-forte ocidental na China, Macau foi objeto da cobiça de outros países europeus, em especial dos holandeses.
Até hoje o dia da cidade é celebrado em 24 de junho, data da vitória sobre os holandeses em 1622.
Século 19
A derrota chinesa frente aos britânicos na Guerra do Ópio, em 1842, levou ao estabelecimento da colônia de Hong Kong.
O estágio mais avançado da economia britânica drenou cérebros e capitais do território português.
Ainda influenciados pela Guerra do Ópio, Portugal e China negociaram a normalização das relações. Em 1887 foi assinado o Protocolo de Lisboa, ratificado como o Tratado de Comércio e Amizade, celebrado em 28 de agosto de 1889.
No tratado, reconhece-se a soberania perpétua de Portugal sobre o território de Macau. Ainda assim fica por resolver a demarcação precisa da fronteira.

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