São Paulo, segunda-feira, 1 de julho de 1996 |
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Imigração marca séc. 20
CLAUDIO GARON
A aplicação da medida pelos mandarins cantonenses chegava a proibir a entrada de chinesas em Macau. Na falta de chinesas, os portugueses traziam mulheres do Sudeste Asiático. A segunda metade da primeira década do século 19 assistiu à chegada de grandes grupos de chineses, que vieram a efetivamente colonizar o território. Hoje são 50,4% os residentes de Macau nascidos na China continental, contra 40,2% no território sob administração portuguesa e 9,4% em outros locais. As levas de imigração chinesa coincidiram com momentos de tensão na China: guerra civil, proclamação da República, invasão japonesa, Segunda Guerra. A diferença entre o contingente populacional chinês e o português, além da distância em relação à metrópole, tornou inviável a aplicação de um estatuto colonial como o aplicado por Lisboa na África. Por isso, Macau passou ao largo da onda descolonizadora após a Revolução dos Cravos -que derrubou o salazarismo português em 25 de abril de 1974. O território foi oferecido à China, que o recusou, já que a ela interessava a manutenção de uma área de livre comércio na fronteira. As reformas introduzidas na China por Deng Xiaoping abriram caminho para a volta do território à soberania chinesa. (CG) Texto Anterior: História começa com navegador lusitano Próximo Texto: Horóscopo é baseado em índole animal Índice |
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