São Paulo, terça-feira, 2 de julho de 1996![]() |
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Governo favorece aliados com verbas
LUCIO VAZ
A oposição conseguiu escassos recursos. O critério político-partidário na distribuição das verbas segue a prática dos governos Collor (90-92) e Itamar (92-94). O Ministério do Planejamento preparou 994 operações de repasses de recursos a cerca de 800 municípios, no valor de R$ 279,2 milhões. Os contratos tinham de ser assinados até 30 de junho, conforme estabelece a legislação eleitoral. O levantamento da Folha foi feito em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Goiás e Maranhão. Foram cruzadas as liberações de verbas com cerca de 3.000 emendas individuais de 295 parlamentares ao Orçamento da União. Nos oito Estados, o PSDB levou R$ 19,7 milhões (28,6% do total) com as emendas individuais apresentadas por 57 parlamentares. O PFL obteve R$ 19,3 milhões (28,1%) com emendas de 58 parlamentares. O PMDB conseguiu R$ 17 milhões (24,7%) com emendas de 56 parlamentares (17,9%). À oposição (PT, PDT, PC do B e PSB), com 19,4% dos parlamentares nesses oito Estados, restou apenas 1,8% dos recursos. Os partidos dos governadores também podem favorecê-los ou não. Os tucanos levaram a maior parte em São Paulo (R$ 4,3 milhões), Minas (R$ 2,8 milhões) e Ceará (R$ 5,2 milhões). O PFL foi o maios beneficiado na Bahia (R$ 6,9 milhões) e Maranhão (R$ 3,9 milhões). Em Pernambuco, o PSB do governador Miguel Arraes, que faz oposição ao governo federal, recebeu apenas R$ 220 mil. O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), conseguiu R$ 1,07 milhão para sua base eleitoral. Já o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), aprovou 16 emendas no valor de R$ 1,1 milhão. Isso representou 63% de toda a verba de Pernambuco para saneamento. Texto Anterior: FHC quis mudar câmbio Próximo Texto: Transporte cede a pedidos Índice |
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