São Paulo, terça-feira, 2 de julho de 1996 |
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Perseguição a ladrões na Dutra mata 2
ISNAR TELES
Um dos mortos foi atropelado pelos ladrões para desviar a atenção de policiais durante a perseguição, segundo a Polícia Militar. O outro morto seria um assaltante. Segundo a polícia, Antônio Carlos dos Santos, 31, e José Vicente Peres, 39, renderam o motorista José Mateus de Luca, 42, na porta de sua casa, no Itaim Paulista (zona leste), para roubar seu caminhão, um Mercedes-Benz. Os dois assaltantes estavam armados com revólveres calibre 38. "Eles disseram para eu ficar quieto que nada iria acontecer. Os dois chegaram a dizer que eram 'profissionais' no roubo de caminhões", afirmou Luca. Após o roubo, às 5h30, os dois suspeitos fugiram em alta velocidade. O motorista pediu um carro emprestado a um vizinho e passou a perseguir os dois assaltantes. Na via Dutra, na altura do pedágio de Guararema (75 km a leste de SP), Luca avisou a Polícia Rodoviária Federal sobre o roubo. A polícia montou um cerco, mas não conseguiu parar o Mercedes. Durante a perseguição, o caminhão saiu da via Dutra e entrou na zona sul de São José dos Campos. A Polícia Militar foi acionada por rádio e também passou a perseguir o caminhão. Atropelamento Na rua Itabaiana, no bairro 31 de Março, os dois assaltantes atropelaram duas pessoas -uma delas, o vendedor João Batista Renó, morreu no local. O comandante da PM de São José, Humberto Ambrósio Correia, disse que os atropelamentos foram propositais. "Eles queriam desviar a atenção da polícia." A segunda vítima do atropelamento, Joaquim de Moraes, está internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Pronto-Socorro da Vila Industrial. Batida Após os atropelamentos, os dois conseguiram fugir do cerco policial e foram parar na avenida João Batista Soares, ainda no bairro 31 de Março, onde acabaram batendo o caminhão em um barranco. Peres foi preso pela PM. O outro acusado, Antônio dos Santos, invadiu uma casa no bairro e foi morto por policiais militares durante uma suposta troca de tiros. Na delegacia do 3ª Distrito Policial, Peres afirmou que iria receber R$ 4.000 para entregar o caminhão a uma pessoa em São José, cujo nome disse não lembrar. Quando foi preso, ele portava um documento de identidade falso, em nome de Ivan da Rocha. Texto Anterior: Rebelião destrói cadeia no ABCD Próximo Texto: Preso diz que queria parar Índice |
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