São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996 |
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Sem saída
NELSON DE SÁ
A Globo foi atrás da outra, Cláudia, mas o mais que conseguiu foram frases sem interesse, como "era uma pessoa humana", para descrever o antes temível PC. Na CBN, foram observações sobre a chegada às Alagoas de um delegado apelidado de "cão farejador". O SBT foi atrás do perito alagoano que questionou o crime passional e forçou um encontro com o paulista. De aproveitável, só para o Aqui Agora, que trombeteou: "Perito desafia perito". Quanto ao perito paulista, de nome Palhares, nelson-rodriguiano como o melodrama todo, já saiu das Alagoas. E dizendo que o laudo só sai em 30 dias. Um longo mês. As redes vão ter que buscar outra novela, não têm saída. Aliás, Nelson Rodrigues, o original, foi autor de telenovelas. Fez três. Poderiam buscar uma delas, para o lugar do Jornal Nacional. * Outras alternativas começam a ser tentadas. Uma delas, de mesmo gênero, foi a prisão de uma jovem tida como responsável por vários assaltos, de codinome Sharon Stone. Bonita, "de classe média alta", segundo a Bandeirantes, tem um sorriso aberto para as câmeras -e foi encontrada com cinco armas. Outra saída é o novelão do Congresso, das reformas, que nem FHC aguenta mais. As redes tentaram com o imposto da saúde. O mais que conseguiram foi um angustiado Adib Jatene, diante de um grosseiro Inocêncio Oliveira, que determinava, autoritário: "Zero quinze ou nada". Pensar que a saúde do país e Adib Jatene estão nas mãos do coronel dos poços... E tem a eleição municipal. Luiza Erundina, Rossi, Celso Pitta, Serra... Melhor arrastar a novela de Paulo César e Suzana. Texto Anterior: Desacordo atrasa ajuda a banco estadual Próximo Texto: BC vai liberar R$ 100 mi do Proer Índice |
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