São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996
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Setor investirá em brinquedo popular

Abrinq diz que haverá redução de preços

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria brasileira pretende aumentar a produção de brinquedos populares a partir deste ano.
Sinésyo Batista da Costa, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), diz que a linha de brinquedos populares -com preço até R$ 15,00- deverá representar cerca de 60% da produção até o final do ano.
"O objetivo é atrair 10 milhões de consumidores que estão fora do mercado", diz Costa. Hoje, 45% dos brinquedos produzidos no país entram na categoria dos "populares".
O presidente da Abrinq diz que a decisão de aumentar a alíquota de importação de 20% para 70% é um sinal do governo de que agora "é para produzir brinquedos no Brasil".
Segundo Costa, o aumento da alíquota de importação não vai provocar aumento no preço dos brinquedos. "A importação continua liberada. O que diminui é a margem de lucro do importador", diz.
Queda de preços O acordo fechado com o governo, afirma Costa, prevê redução anual entre 5% e 7% do preço dos brinquedos no atacado (do fabricante para o distribuidor).
Mas o presidente da Abrinq ainda não sabe como será feito o controle dessa medida. "Estamos atendendo a um pedido do governo. Os detalhes ainda serão discutidos", afirma.
Segundo Costa, o aumento da alíquota para 70% foi estabelecido em acordo com a OMC (Organização Mundial do Comércio).
Os fabricantes brasileiros de brinquedos diz, enfrentam importação predatória de produtos feitos na China.
"A OMC considera admissível a invasão de importados em um país. Mas a velocidade não pode superar o ritmo de 10% ao ano. As importações no Brasil chegaram a crescer 95% ao ano", afirma Costa.

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