São Paulo, segunda-feira, 8 de julho de 1996
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Ministro foi anti-semita

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

O jornal argentino "Página 12" denunciou ontem que o ministro da Justiça, Rodolfo Barra, foi preso na década de 60 por atacar uma sinagoga.
Barra está na defensiva ante a comunidade judaica argentina -a maior da América Latina -desde que a revista "Notícias" revelou sua militância, durante a juventude, em uma organização estudantil de extrema-direita vinculada ao grupo "Tacuara", de inspiração anti-semita.
Na sexta-feira, o Centro Simon Wiesenthal, organização internacional de caça a nazistas e defesa dos direitos humanos, pediu ao presidente Carlos Menem uma investigação oficial.
"Barra teve uma longa vinculação com grupos extremistas. Já admitiu isso, mas não mostrou arrependimento de forma categórica", disse à Folha o representante do centro em Buenos Aires, Carlos Widder.
O ministro disse que sua militância na União Nacionalista de Estudantes Secundaristas, vinculada ao grupo Tacuara era um "erro de juventude".
Barra supervisiona as investigações sobre os atentados contra a embaixada de Israel em Buenos Aires e a sede da Amia (Associação Mutual Israelense-Argentina). Os crimes continuam impunes.
(DB)

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