São Paulo, segunda-feira, 8 de julho de 1996
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Equador escolhe seu novo presidente

Segurança foi reforçada para segundo turno

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Sob um clima de tensão, o Equador realizou ontem o segundo turno das eleições presidenciais, com acirrada disputa entre o conservador Jaime Nebot, 49, do Partido Social Cristão (PSC), e o populista Abdala Bucaram, 44, do Partido Roldosista Equatoriano (PRE).
Um forte esquema de segurança foi montado em Guayaquil, capital da Província de Guayas, a mais populosa do país e domínio político dos candidatos.
As Forças Armadas e a Polícia Nacional intensificaram as medidas de segurança adotadas no primeiro turno para prevenir eventuais distúrbios ou a possibilidade de fraude denunciada pelos dois partidos oponentes.
Até o fim da votação, às 17h (19h de Brasília) não haviam sido registrados incidentes.
Abstenções
O presidente Sixto Durán-Ballén pediu aos eleitores que não deixassem de manifestar sua escolha no segundo turno.
No primeiro turno, realizado em 19 de maio, o percentual de comparecimento às urnas alcançou 67,9% dos 6,7 milhões de eleitores do país. Nessa votação, Nebot obteve 15,5% dos votos e Bucaram ficou com 15%.
As pesquisas de boca de urna, divulgadas logo após o fim da votação, indicavam empate técnico entre os candidatos, com uma diferença de menos de 1% a favor de Nebot.
O Equador, que enfrentou um conflito militar com o Peru entre janeiro e fevereiro do ano passado, tenta, com a realização das eleições, restaurar as liberdades democráticas e enfrentar a recessão econômica que afeta o país desde o fim do ano passado.
O presidente Sixto Durán-Ballén, 75, no poder desde 1992, praticou uma política neoliberal de privatizações com o fim de controlar o aumento da inflação.
Fujimori
O presidente peruano Alberto Fujimori fez afirmações sobre as eleições no Equador, durante uma entrevista à TV.
Fujimori disse que "quem quer que seja o vencedor, não temos intenção de intervir nem de fazer comentários sobre assuntos internos do Equador".
Para o presidente peruano, "o importante nas relações com o Equador é a seriedade nas negociações de paz e o respeito aos tratados internacionais".
O presidente equatoriano Durán-Ballén reafirmou que seu sucessor deve continuar negociando com o Peru uma solução definitiva para os conflitos fronteiriços entre os dois países.
O vencedor assumirá a Presidência no dia 10 de agosto.

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