São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 1996
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Cigarrinha é o maior inimigo

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A cigarrinha-do-milho (Daubulus maidis) é a principal transmissora das doenças que vêm atacando as plantações de milho.
É um inseto pequeno -mede cerca de 3 milímetros-, de cor palha, que se alimenta do cartucho da planta e vive, em média, 45 dias.
Nesse período, dependendo da temperatura (a cigarrinha prefere os climas quentes), ela põe cerca de 600 ovos nas nervuras das folhas do milho.
"A cigarrinha carrega com ela vários microorganismos e vírus", diz o pesquisador José Magid Waquil, do Centro Nacional de Pesquisa do Milho e Sorgo, em Sete Lagoas (MG).
"Eles são os causadores das três principais doenças do milho", afirma ele.
Waquil cita o espiroplasma, que provoca o enfesamento pálido, o fitoplasma, que causa o enfesamento vermelho, e o vírus do raiado-fino. O mosaico comum é transmitido por pulgões.
O complexo de doenças que a cigarrinha-do-milho transmite já levou os produtores de sementes do sul da Flórida a amargar um prejuízo de US$ 60 milhões na safra 79/80.
Essas doenças do milho não são totalmente desconhecidas do produtor brasileiro. Ocorrências vêm sendo registradas desde a década de 70.
Nunca, porém, a incidência foi tão grande a ponto de causar prejuízos significativos, como vem acontecendo em algumas regiões do Brasil de três anos para cá.

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