São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 1996
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Rebanho leiteiro mantém liquidez em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Comprador para toda a oferta de animais continua sendo a tônica no mercado de gado leiteiro.
Dia 29 de junho, o selecionador Claudio Venanzoni Roberti, de Itapetininga (SP), vendeu 90 cabeças de gado holandês à média de R$ 2.600, em São Paulo, e se despediu temporariamente da atividade de pecuarista leiteiro.
Dois dias depois foi a vez de pecuaristas radicados em Lins (SP) promoverem um pregão de gado girolando e saírem satisfeitos da Água Branca, em São Paulo.
Eles venderam 56 vacas por R$ 74,4 mil e obtiveram média de R$ 1.300 por elas.
O pregão foi liderado por Sebastião Henrique Junqueira, presidente da Cooperativa Linense.
Retorno
Claudio Roberti, que tira leite há 25 anos, negociou todo os seus animais acima de um ano de idade.
Colocou, portanto, na oferta, bezerras, novilhas e vacas adultas.
Ele manteve somente os bezerrinhos novos na fazenda. Guarda ainda cerca de 200 embriões.
É intenção de Roberti retornar à atividade dentro de dois anos.
Foram as dificuldades econômicas que obrigaram Roberti, que é também um dos mais tradicionais importadores de gado holandês do Canadá, a vender o rebanho e "esperar a tempestade passar".
A atividade leiteira sempre foi sua única fonte de sobrevivência, segundo Sebastião Beraldo, diretor da empresa que organizou o leilão.
Ele entende que a pecuária nacional perde muito com a saída de Roberti.
"Como um dos principais importadores, Roberti colaborou muito para o avanço genético obtido pelo gado holandês", afirma Beraldo.

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