São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 1996
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"Antarctica" traz vida no gelo para o PC

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Felizmente, a multimídia ainda não é capaz de incorporar sensações térmicas. Se fosse possível ao computador fazer seu usuário sentir frio, o CD-ROM "Antarctica" seria perfeito.
A tela de abertura é acompanhada por um som do vento antártico que é capaz de causar arrepios de lembrança em quem já esteve no continente mais desolado do planeta Terra.
As credenciais da equipe que produziu o CD-ROM são impecáveis. Um grupo de escritores profissionais assegurou um texto jornalístico e didático.
A revisão técnica foi feita por especialistas em Antártida da Fundação Nacional de Ciência, dos EUA, do Centro Internacional Antártico, e do Programa Antártico da Nova Zelândia, entre outros.
Forma atraente
Os colaboradores também pertencem a um grupo variado de instituições de pesquisa. Não há problemas de conteúdo perceptíveis.
A sua forma também é atraente. Para os preguiçosos da era do áudio e vídeo, há tours breves, integrando fotos e narração, sobre cada um dos tópicos principais -a história, o lugar, os animais e plantas, a ciência, viver no continente, e as questões em debate.
Na tela do cardápio, um clique em cada um desses tópicos traz como resultado outra janela com novos subtópicos.
Cada item desses traz fotos, uma pequena narração e um texto mais longo -os menos afobados têm à disposição também uma boa dose da hoje menos badalada das mídias, a palavra escrita (é tudo em inglês, não esqueça).
Esse CD-ROM também facilita a navegação de diversos modos. Um botão permite localizar tópicos relacionados, outro possibilita a busca por palavra.
Corrida ao pólo Sul
Em "história", é possível perceber não só como ocorreu a exploração do continente e a corrida para o pólo Sul, mas também como mudaram as concepções da humanidade sobre a Antártida.
É possível pesquisar detalhes da vida do pinguim-imperador, entender o que atrai os cientistas a esse continente gelado, descobrir como fazer para visitá-lo e que tipo de navio ou avião vai para lá.
Ou ainda olhar em um mapa a localização das estações de pesquisa e ver a foto de algumas -incluindo a brasileira, Comandante Ferraz, na ilha do Rei George.

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