São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 1996
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Nova filosofia reanima Wall Street

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Nova York conseguiu ontem reverter o clima de pessimismo com a disseminação de uma nova teoria sobre os critérios de atuação do Fed (banco central dos EUA). As autoridades monetárias norte-americanas teriam decidido mudar de estratégia frente à inflação. Essa mudança estaria por trás da decisão do Fed de deixar inalteradas as taxas de juros em sua última reunião, na semana passada, apesar dos fortes indícios de reaquecimento econômico.
Antes, o Fed elevava os juros para evitar a alta da inflação. A partir de agora, segundo alguns observadores, o banco central trabalharia com metas de inflação aceitáveis, esperando que eles fossem atingidos e só depois agindo para reverter, se for o caso, o crescimento econômico. Ou seja, o Fed passaria a atuar menos na prevenção e mais na correção das tendências inflacionárias. A Bolsa de Nova York inverteu ontem na última hora de pregão a tendência de baixa que predominou na maior parte do dia. Outra expectativa que influencia fortemente o mercado é a de que o Fed atue o quanto antes, elevando imediatamente as taxas de juros, sem esperar pela próxima reunião que ocorrerá no dia 20 de agosto. Mesmo sendo a princípio oposta à teoria da atuação corretiva em vez de preventiva do banco central, essa visão trouxe tranquilidade aos investidores e ajudou a inverter a tendência de baixa. Durante boa parte do pregão o mercado foi também afetado pela queda nas cotações dos papéis da Motorola, cujos lucros caíram fortemente no segundo trimestre.

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