São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 1996 |
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'Missão Impossível' faz de Cruise um herói
ROALD RYNNING
Aos 4 anos ele tentou "voar" do teto de sua casa, usando um lençol como pára-quedas. Desde então, Cruise tem sido visto pilotando aviões, dirigindo carros e motocicletas e arriscando sua vida em vôos e mergulhos. Na tela, ele é o perfeito herói americano em ação, como em "Ases Indomáveis", "Dias de Trovão" e, agora, em seu mais novo sucesso: "Missão Impossível", dirigido por Brian De Palma. É uma adaptação de US$ 64 milhões para uma série de TV. "Eu gosto de emoções fortes", insiste a superestrela de 33 anos. "Adoro sentir medo." "Missão Impossível" não é apenas mais um filme para Cruise. É sua primeira produção, realizada pela Cruise/Wagner Production, a associação com sua agente Paula Wagner. "Eu tenho muito o que provar com esse filme", confirma Tom, que é uma estrela desde 1983, quando surgiu na comédia juvenil "Negócio Arriscado". "Desde meus 18 anos, eu queria ter minha própria companhia e fazer filmes. Esta é a minha primeira experiência na produção, e o sucesso do filme é importante para mim. Eu tinha que estar em boa forma para esse filme, não pelas cenas com dublê, mas principalmente porque eu era o produtor". Brigas "Mas não é somente a vontade de controlar", diz para explicar seus desejos na produção. "Eu simplesmente gosto de fazer filmes. E detesto fazer filmes ruins." Há três anos o energético Cruise teve a idéia de fazer uma adaptação da série de TV, que ele adorava assistir quando criança."Eu sempre sonhei em fazer esse tipo de herói." Mas a feitura do filme não foi fácil. Há rumores de que De Palma e Cruise não se falam mais, em consequência de atritos durante as filmagens: "Nunca fiz um filme que tenha sido fácil", Tom explica enquanto mostra seu belo sorriso. "Há muita tensão e muito dinheiro envolvidos. E há também o cansaço. Sempre há problemas. Como é possível fazer um filme como 'Missão Impossível' sem brigar?". Assim, De Palma e Cruise, como dizem os rumores, se desentenderam sobre o orçamento do filme? "Sempre nos falávamos", insiste Cruise, que diz que suas brigas eram especulações da mídia. Texto Anterior: Por uma mídia do senso incomum Próximo Texto: De Palma reelabora jogo da espionagem Índice |
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