São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996
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Equipes do SOS são apedrejadas na rua

Blitz tentava recolher menores

DA REPORTAGEM LOCAL

As equipes de educadores do SOS Criança que realizaram mais uma blitz anteontem em São Paulo foram apedrejadas e agredidas na praça da República, praça Roosevelt e na praça Charles Miller.
O objetivo da operação era resgatar crianças abandonadas e tentar tirá-las da ruas. Segundo Paulo Vitor Sapienza, 31, coordenador do SOS Criança, os responsáveis pelas agressões foram "traficantes e pais de rua".
"Eles não querem perder as crianças, que são fonte de renda para eles", disse ele.
Não houve feridos. As equipes entraram em contato com 104 crianças. Dessas, 82 aceitaram experimentar os cursos e benefícios oferecidos pela entidade. Outros 24 só tomaram banho, se alimentaram e preferiram voltar à rua. Seis crianças foram devolvidas às respectivas famílias. Cinco crianças tinham entre 1 e 3 anos.
Uma das equipes do SOS encontrou um bebê de 3 meses em uma lata de lixo no centro de São Paulo.
A criança passa bem, apesar de ter ficado exposta ao frio. A blitz durou a noite toda.

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