São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996
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Carne fica mais cara nos supermercados

Reajuste foi de 2,12% na semana

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

O efeito da entressafra na pecuária já começa a chegar aos supermercados da cidade de São Paulo. Nesta semana os preços subiram, em média, 0,25% nesses estabelecimentos, puxados basicamente pela carne bovina, que ficou 2,12% mais cara para os paulistanos.
Nos hipermercados, o reajuste médio de preços foi de 0,44% na semana. A carne teve aumento de 1,82% no período.
Apesar da puxada nesta semana, os preços da carne bovina nos supermercados e hipermercados ainda são inferiores aos praticados no final de 95, conforme dados da pesquisa do Datafolha.
As carnes devem ser um dos itens que mais vão pesar no bolso dos consumidores nos próximos meses. A oferta de boi é reduzida e os preços sempre sobem neste período do ano.
Os consumidores deve se preparar para novos aumentos. Estáveis em R$ 21,5 até dia 24 de junho, começam a reagir no atacado. Ontem a arroba de boi gordo atingiu R$ 24 no Estado de São Paulo, 12% mais que há um mês.
As previsões de alguns analistas do setor é que a arroba seja negociada em R$ 28 em outubro e novembro. Embaladas pela carne bovina, a de frango e a suína devem subir também.
Outro setor que puxou os aumentos de preços nos supermercados foram os itens de limpeza. A pesquisa do Datafolha mostrou elevação de 1% na semana e acumulado de 2,5% em 30 dias.
Entre as quedas de preços na semana, a liderança fica com feijão (-0,4%), óleo e azeite (-0,8%) e derivados de carne (-0,7%).
Desde o início do ano, os preços subiram 3,7% nos supermercados e 3,6% nos hipermercados. Os hortifrútis (78%) e farinha de trigo e derivados (17%) foram os itens que mais subiram no período.
Os dados são do Datafolha, que pesquisa preços de cem itens em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo. Ao todo foram feitas 7.157 tomadas de preços nesta semana nos setores de alimentos, higiene e de limpeza.
Em outra pesquisa, onde são incluídos apenas alimentos básicos, foi constatada queda de 1,46% na semana. Já a pesquisa do Procon e Dieese, que inclui produtos de higiene e de limpeza, mostrou alta de 0,41% na semana.

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