São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996
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Fiat pode dividir produção de caminhões

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A Argentina poderá dividir com o Brasil o investimento que a Fiat pretende fazer no Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul), implantando uma fábrica de caminhões da Iveco -empresa do grupo Fiat.
Os dois países poderão abrigar unidades da Iveco, que, dessa forma, separaria a produção de caminhões pesados e leves, conforme informou ontem em Belo Horizonte (MG) o superintendente-geral da Fiat SpA, Paolo Cantarella.
"Poderia ser uma parte de caminhões maiores lá (Argentina) e menores aqui (Brasil) ou vice-versa", afirmou Cantarella, durante café da manhã com jornalistas no Othon Palace Hotel.
A Fiat já faz essa divisão com o Palio, o carro mundial da montadora italiana. A versão sedã do Palio será produzida a partir de dezembro em Córdoba (Argentina). A versão hatch é fabricada em Betim (MG).
Cantarella afirmou que a Fiat ainda não tem nenhuma decisão sobre a fábrica de caminhões e que essa decisão ainda vai demorar "alguns meses".
O superintendente-geral da Fiat SpA também não confirmou o valor do investimento -assessores da Fiat estimam em US$ 500 milhões. A unidade da Iveco no Brasil está sendo disputada por Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Investimento
O presidente mundial da Fiat SpA, Cesare Romiti, que também participou do café da manhã, reafirmou o investimento de US$ 1,5 bilhão que a Fiat Automóveis pretende fazer na fábrica de Betim entre 97 e 99.
Entre os projetos, está a produção de um novo carro mundial na unidade mineira da Fiat. No biênio 95/96 foi investido em Betim US$ 1,1 bilhão.
"A Fiat acredita muito no Brasil e o considera um mercado doméstico", disse o presidente mundial da montadora, que veio ao país para comemorar os 20 anos da Fiat no Brasil.
Volkswagen
A Volkswagen não pretende alterar o cronograma de obras da fábrica de caminhões e ônibus de Resende (RJ), que prevê o início de produção para novembro.
Segundo a assessoria da empresa, a Volkswagen pretende montar caminhões na fábrica provisória, instalada desde o final de 95 em Resende. O objetivo da fábrica-piloto é testar o consórcio modular, criado por José Ignacio López de Arriortúa, vice-presidente mundial da empresa. A unidade produz hoje cinco ônibus por dia.

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