São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996
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Sai acordo para divórcio de Charles e Diana

IGOR GIELOW
DE LONDRES

O casamento entre o príncipe Charles, 47, e a princesa Diana, 35, acaba oficialmente em seis semanas. O divórcio havia sido confirmado em fevereiro.
Ontem, a princesa anunciou aceitar os termos do divórcio propostos por Charles na quinta-feira retrasada. Separado desde dezembro de 1992, o casal completaria 15 anos de união no dia 29.
Diana saiu favorecida no acordo, que lhe renderia US$ 25,5 milhões segundo a imprensa e a colocou entre as 50 mulheres mais ricas do país. A rainha Elizabeth 2ª encabeça a lista, com US$ 675 milhões.
Título
Apesar de perder o tratamento "sua alteza real", de status elevado no Reino Unido, Diana continuará a integrar a família real e usar sua frota de aviões. Será chamada de "Diana, princesa de Gales".
Ela manterá sua residência oficial no palácio londrino de Kensington e poderá dar recepções no Palácio de Saint James, contra a vontade inicial de Charles.
O processo de divórcio começa na segunda-feira e vai durar seis semanas, obrigando o encontro do casal só na hora da assinatura.
Os filhos William de Gales, 14, e Henry de Gales, 11, continuarão sob responsabilidade dividida. Eles estudam em colégio interno.
O papel de Diana é uma incógnita. Mais popular que Charles, ela anunciou querer ser uma embaixadora informal do Reino Unido.
Ontem, Diana apareceu com Lúcia Flecha de Lima, mulher do embaixador brasileiro nos EUA, Paulo Tarso Flecha de Lima. Ele já foi embaixador em Londres.
Escândalos
A união de Charles e Diana, tida como "o casamento do século" em 1981, correu bem-sucedido até o fim dos anos 80.
Desde então, a falta de apetite crônica e problemas emocionais de Diana passaram a ocupar o noticiário sensacionalista.
Charles, por sua vez, ganhava notoriedade pela "amizade" com Camilla Parker-Bowles. Em 1992, boatos de traição mútua cresceram e o livro "Diana: Sua Verdadeira História", de Andrew Morton, levou à separação do casal.
Mas o escândalo não terminou. Charles foi à TV em 1994 e disse a 20 milhões de telespectadores que traiu Diana com Parker-Bowles.
Diana, após um ano, foi à TV BBC e admitiu ter traído o herdeiro do trono, além de considerá-lo pouco apto para o cargo.
O divórcio não altera a sucessão real. Uma eventual união com uma divorciada como Parker-Bowles, já descartada, poderia pôr a coroação de Charles em xeque.
Os escândalos levaram a rainha Elizabeth 2ª a exigir o divórcio. Uma cláusula do acordo impede o casal de falar sobre o casamento.

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