São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996 |
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Imposto do cheque; Ficção; Explicação; Postura ridícula; Face real; Quase maioria; Eterna ladainha; Homenagem justa Imposto do cheque "A respeito de sua coluna de 11/7, gostaria muito de parabenizar Celso Pinto. Com extrema lucidez e objetividade tocou no ponto nevrálgico do novo imposto. Falta transparência nas decisões políticas, seja por parte do Executivo, seja por parte do Congresso Nacional. Acho que quando se passar a discutir as prioridades nacionais, com total transparência e objetividade nas informações, não se continuará onerando a população sofrida e sacrificada do nosso país." Virgílio Leite Uchôa, subsecretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) para Assuntos Econômicos e Financeiros (Brasília, DF) * "Congratulo-me com o artigo do Luís Nassif de 12/7. A vida transcende o econômico. De nada adianta termos estatísticas econômicas de Primeiro Mundo se a maioria da população está doente e sem recursos para buscar a cura e combater a dor. Que diferença faz para a maioria da população se a inflação pula dos 12% ao ano para os 16% ao ano? Fará se houver uma melhora no atendimento às necessidades da saúde. Artigos como esse do Nassif, bem como os artigos do Janio de Freitas, tornam este jornal sólido e âncora da informação nacional. Ao brilho intelectual dos artigos do Luís Nassif faltava o toque da sabedoria." Rosan de Sousa Amaral (Belo Horizonte, MG) * "Independentemente do mérito da CPMF, quero parabenizar o ministro Adib Jatene por sua postura de defesa intransigente de mais recursos para a área pela qual é responsável. O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, bem poderia seguir o exemplo do seu colega Jatene e mudar de posição: em vez de cortar verbas e dizer que já são suficientes, tomar alguma medida para conquistar mais recursos para a educação pública, tão vilipendiada pelo governo Fernando Henrique." Orlando Silva Junior, presidente da UNE -União Nacional dos Estudantes (São Paulo, SP) Ficção "Na condição de organizador e moderador da mesa redonda 'Modelos alternativos de gestão do setor saúde: PAS e outros modelos', realizada por ocasião da 48ª Reunião Anual da SBPC, lamento profundamente a reportagem da Folha sobre esse evento por ser facciosa e tendenciosa. Houve, sim, um ponderável esforço dos expositores e de grande parte da platéia para desenvolver em termos elevados uma discussão entre idéias e pontos de vista discordantes, o que de fato ocorreu, como atesta o reconhecimento do coordenador do PAS ao finalizar a sua participação no debate. Sem qualquer razão plausível, a jornalista enveredou pelo caminho da ficção e assim prestou um enorme desserviço à qualidade da informação." Paulo Eduardo Elias, docente do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP) Explicação "Com referência à notícia publicada na coluna 'Painel' da edição de 9/7: o 'Painel' cometeu dois erros. Nunca briguei com a bancada federal do PT, onde tenho excelentes amigos e um ótimo relacionamento, tanto com o ex-líder Jacques Wagner como com a atual líder, a companheira Sandra Starling. Eu não tinha conhecimento de que o deputado Beto Mansur havia conseguido aprovar emendas ao Orçamento da União destinadas a projetos de habitação e saneamento em Santos. Quando fui informado de que deveria apresentar um projeto para esses modestos recursos, tive que procurar saber quem era o autor da emenda." David Capistrano Filho, prefeito de Santos (Santos, SP) Postura ridícula "Ridícula a postura deste jornal ao discutir junto com o Idec o problema da saúde no Brasil, restringindo o debate à área médica." Anderson Dutra de Oliveira, diretor de patrimônio do Sindicato dos Odontologistas de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG) Face real "A cada dia o Proer vai mostrando mais e mais o seu verdadeiro rosto: um programa cheio de cláusulas, procedimentos e intenções obscuras. O Banco Central não dá a mínima para a opinião pública, não consegue (ou não quer) explicar nada. Tá na cara que esse Proer foi criado para os banqueiros e não para os brasileiros." Márcia Meireles (São Paulo, SP) Quase maioria "Sobre o artigo 'Valorizar, não compensar' (5/7), de Ives Gandra da Silva Martins: não somos 'minorias teoricamente discriminadas' no Brasil. De acordo com o censo de 1991 somos 44% da população brasileira e, segundo pesquisas, estamos desproporcionalmente representados em todos os indicadores de pobreza e de má qualidade de vida. O princípio de isonomia, para valer na prática, teria que ser precedido de medidas concretas que garantissem o princípio também constitucional de igualdade de oportunidades. O princípio do mérito é também outra falácia. A grande maioria dos estudantes negros estuda em faculdades particulares, geralmente sem prestígio acadêmico, porque as universidades federais oferecem pouquíssimos cursos noturnos e mesmo assim apenas aqueles de baixa competitividade. Não seriam as eventuais vagas asseguradas que feririam nossa dignidade, mas sim a secular exclusão de direitos de cidadania que a população negra enfrenta neste país. O senhor mencionou que sua banca de advocacia, composta de seis sócios, conta com três mulheres. O senhor, porém, não se referiu a nenhum sócio negro. Não haveria nenhum(a) advogado(a) negro(a) competente, em São Paulo, para merecer compor a banca de tão emérito tributarista?" Diva Moreira, Casa Dandara, Projeto de Cidadania do Povo Afro-Brasileiro, seguem-se mais 17 assinaturas (Belo Horizonte, MG) Eterna ladainha "Já deu para perceber que vocês dão o maior apoio ao rapaz que faz 'A Pequena Menininha', mas alguém deveria ter a caridade de dizer-lhe que ele não dá para a coisa, que vá procurar se sustentar de outra maneira e poupá-lo de ouvir a eterna ladainha: 'Tirem a Pequena Menininha!'." Maria Flávia de Mourão Motta (Belo Horizonte, MG) Homenagem justa "Gostaria de parabenizar a revista 'Vogue', brasileira por trazer uma reportagem muito completa com o gordinho inteligente José Eugênio Soares, o Jô Soares. Uma revista que vale a pena ter em arquivo. Parabéns, 'Vogue', por homenagear em vida uma pessoa tão conhecida, que sempre nos passa cultura, como o Jô! Li e aprovei!" Mauricio Domingues Sant'Anna (Poá, SP) Texto Anterior: Discriminação contra outras doenças Índice |
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