São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996
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FRASES

"Existe uma manobra que consiste em colocar o pé na axila e puxar o braço com objetivo de recolocá-lo na sua posição original. Tive um chefe que, após fazer isso com sucesso diversas vezes, resolveu pesquisar para publicar a manobra. Descobriu que ela já havia sido descrita por Hipócrates."
Ricardo Cavalcanti Ribeiro, cirurgião plástico, Rio de Janeiro (RJ)

"O estetoscópio tem mais de 200 anos, e a ciência da ausculta é muito mais antiga. O exame físico e a anamnese (conjunto de perguntas feitas ao paciente) nos fornecem boa parte dos diagnósticos."
Bernardo Rangel Tura, clínico, Rio de Janeiro (RJ)

"Dentro da minha especialidade, que é a cardiologia, ressaltaria o grande valor do eletrocardiograma, que tem se mantido ao longo do tempo como um procedimento diagnóstico simples, relativamente barato, de rápida e fácil execução, e indispensável na avaliação preliminar de qualquer paciente cardiológico."
Péricles de Ferreira Gomes, cardiologista, Varginha (MG)

"Desde que Buffon e Darwin, há cerca de 200 anos, preconizaram a oclusão do olho com melhor visão com o propósito de estimular o desenvolvimento sensorial do olho desviado nos estrabismos, ainda não se encontrou melhor alternativa terapêutica, sendo recurso usado na prática diária do oftalmologista basicamente sem modificações."
Carlos A.G. Bijos, oftalmologista, São José dos Campos (SP)

"O toque retal de próstata é o exemplo básico. Insuperável por qualquer exame. Se tiver de fazer um exame único para detectar câncer hoje, com ressonância, PSA, etc, ainda é o toque retal que faz a suspeita diagnóstica do câncer de próstata."
Márcio Josbete Prado,urologista, Salvador (BA)

"Existem procedimentos que sobreviveram à era tecnológica, como a drenagem de abscesso (corte, através de um bisturi, para saída de pus). Isto é realizado há muitos anos, com resultados satisfatórios."
Eduardo B. Bertero, cirurgião e urologista, São Paulo (SP)

"Após treino nos EUA e Europa, ficava chateado ao ver meu pai fazendo cirurgias usando um instrumental com a forma de uma letra 'L' para cauterizar, quando algum vaso sangrava. Ele mandava ascender uma lamparina, incandescia o instrumental e cauterizava. Importei os mais modernos cautérios. Após uns três anos, vi que os meus aparelhos nem sempre funcionavam, ao contrário daquele ferro arcaico. Hoje, uso o nosso velho 'passarinho', como chamamos aquele instrumento. Nem sempre a alta tecnologia traz novas aquisições técnicas."
Leoncio de Souza Queiroz Neto, oftalmologista, Campinas (SP)

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