São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996
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Fusão já atinge bancos mais rentáveis

DA REPORTAGEM LOCAL; DA REDAÇÃO

Redação
O BCN e o Itamarati, que oficializaram ontem sua fusão, têm rentabilidade acima da média das instituições de maior porte.
A do BCN foi de 17,1% no ano passado, segundo o anuário Folha 500. A do Itamarati, 18,6%.
Rentabilidade é a relação entre lucro líquido e o capital investido. No ano passado, a rentabilidade dos bancos foi negativa (-1,96%) porque a média foi puxada para baixo devido ao prejuízo de US$ 4,3 bilhões do Banco do Brasil.
Concentração gradual
Os maiores bancos privados -como o Bradesco, Itaú, Mercantil de São Paulo e Real- apresentaram rentabilidade entre 10% e 11%. Dos grandes, o Bamerindus ficou na lanterninha, com 7,5%.
O fato de o BCN e o Itamarati terem rentabilidade acima da média desafia a percepção generalizada de que apenas os bancos com sérias dificuldades estariam procurando o caminho das fusões.
Essa percepção vem sendo disseminada desde meados do ano passado, com o desfecho dos casos do Nacional e Econômico, dois bancos problemáticos.
"O mercado é muito malvado nesse sentido. Castiga mesmo. Por isso, fizemos questão de fechar o negócio sem recursos do governo, como os do Proer", disse Pedro Conde, do BCN.
Para os especialistas, são poucos os bancos de varejo que, no ambiente de baixa inflação, conseguirão sobreviver sozinhos. A opção do BCN, ao incorporar o Itamarati, seria exatamente uma tentativa de garantir uma vaga no seleto grupo sobrevivente.
O BCN subiu no ranking dos grandes. Poderá crescer ainda mais, se forem confirmados os boatos de uma possível fusão com o Bamerindus. Conde diz que não há negociações nesse sentido.

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