São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996 |
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Havelange vê Fifa como agente da paz Dirigente quer solução para divisão da Copa 2002 JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Em entrevista à Folha, em seu escritório particular, no Rio de Janeiro, Havelange, antes de seguir aos Estados Unidos para ver a Olimpíada, admitiu tentar o sétimo mandato em 1998. Além de anunciar o lançamento de uma universidade para os administradores de futebol, o brasileiro divulgou o trabalho social da Fifa. "Fazemos do futebol um instrumento da paz." * Folha - Passado mais de um mês do anúncio das sedes da Copa de 2002, como você encara a divisão do Mundial entre Japão e Coréia? Em diversos momentos, o senhor defendeu o Japão... Havelange - A divisão foi uma sugestão que veio da Europa. Eu nomeei uma comissão para me apresentar um relatório em dezembro, com as soluções para os problemas principais. Quero um documento firmado entre os primeiros-ministros dos dois países atestando o espírito de cooperação entre eles. Quero saber onde será o sorteio para definição dos grupos, se na Coréia, no Japão ou num navio no meio dos dois. Quero saber quem será responsável pela segurança, como será o esquema de transporte, quem fará a abertura, quem fará a clausura. Quero saber que moeda irá valer, o iene ou a moeda coreana, porque um ingresso de US$ 30,00 no Japão pode ser barato, mas, na Coréia, pode ser caro. Folha - A decisão sobre as sedes é irreversível? Havelange - Esperemos o relatório. Depois de o receber, analisarei as soluções apresentadas com o Comitê Executivo da Fifa. LEIA a continuação da entrevista com João Havelange à pág. 10 Próximo Texto: Chegou a hora dos invisíveis amigos de Zagallo Índice |
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