São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996
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Viagem diária não desanima

RODRIGO AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Morar em Jundiaí e trabalhar em São Paulo significa encarar, ao menos duas vezes por dia, os 60 quilômetros de estrada que separam as cidades -o equivalente a 40 minutos em carro de passeio.
Mas, curiosamente, o tempo gasto dentro do automóvel é exatamente um dos motivos que os paulistanos desgarrados mais citam para justificar essa opção.
"Eu demorava mais para chegar ao meu escritório quando morava no Tremembé", diz o empresário Jacir Cavalheiro, 40, que vive em Jundiaí desde dezembro de 95.
Ele trabalha na Vila Mariana, que fica na zona sul de São Paulo. O Tremembé fica na zona norte.
"Pela manhã, ficava mais de uma hora no trânsito. À noite, para voltar, era pior ainda."
Para acabar com essa situação, Cavalheiro decidiu mudar. Mas achou muito caros os imóveis nas proximidades de seu trabalho.
Acabou comprando um apartamento de três quartos da Giassetti no bairro do Retiro, em Jundiaí. Pagou R$ 88 mil.
"Hoje, demoro 45 minutos para chegar ao escritório e menos de uma hora para voltar para casa."
"Em Jundiaí, a qualidade de vida é outra", diz a secretária Élade Valéria Perissinotto, 42. Ela e sua família devem mudar para lá no final do ano. Atualmente, vivem em Interlagos (zona sul de São Paulo).
Élade trabalha na Água Fria (zona norte) e diz que perde mais de uma hora todas as manhãs apenas para chegar à empresa.

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