São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Miami seduz o investidor brasileiro

OSCAR RÔCKER NETTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Mickeys de pelúcia e bugigangas eletrônicas não são mais os únicos alvos dos consumidores brasileiros que lotam os vôos para Miami (sudeste dos EUA) todos os anos.
No setor imobiliário, o Brasil forma hoje uma parcela considerável do mercado daquela cidade.
Profissionais do setor variam nas análises, mas há construtoras que atuam na região e vendem uma média de 12% a 16% de seus imóveis para brasileiros.
É o que ocorre no empreendimento The Point of Aventura, da empresa canadense Coscan.
O Williams Island (empreendimento que ocupa os 350 mil m2 de uma ilha em Miami), por exemplo, montou "show-room" em São Paulo em agosto de 94.
Desde então, foram comercializados 125 imóveis no Brasil, a preços que variam de US$ 250 mil a US$ 4 milhões. Esse volume corresponde a 16,6% do total vendido.
A expectativa é de que, até o final do ano, o número chegue a 200. Na conclusão de todos os edifícios da ilha, em 1999, estima-se que 400 imóveis pertencerão a brasileiros.
Volume
"Trabalho no ramo há quatro anos. O mercado cresce cada vez mais", diz Gabriela Haddad, 26, da Halmoral International Inc., que, de São Paulo, faz administração imobiliária em Miami.
Ela vende para brasileiros, em média, 30 imóveis por ano.
A imobiliária Coelho da Fonseca também percebeu o potencial e montou um escritório em Miami cinco anos atrás.
Lá atende, diariamente, em julho, uma média de nove pessoas interessadas em imóveis na cidade.
"Os americanos perceberam que o Brasil é um bom mercado", diz Sergio Tavares Ferrador, 43, diretor da Lello Construções, que mantém um escritório em Miami.

LEIA MAIS sobre imóveis em Miami na pág. 7-3

Texto Anterior: Maioria prefere condomínios
Próximo Texto: Sala elegante exige vontade de gastar
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.