São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996 |
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Argentina x Brasil
JOSÉ GERALDO COUTO
Além das referências ao impaludismo (malária) contraído na Amazônia e do habitual lamento por viver no Brasil, a carta traz uma apreciação das tensões diplomáticas existentes na época entre o Brasil e a Argentina. Numa atitude moderna e quase profética, Euclides diz que a rivalidade com a Argentina era menos militar que econômica, e que deveria ser vencida neste último campo. E a receita para isso seria "estimular a alma nacional pelo regime franco do triunfo das competências" -em outras palavras, uma defesa da livre concorrência, que se completa com a condenação, em seguida, da "assombrosa seleção invertida" que guinda a postos de comando "os espertos vezados à lisonja". O Zeballos a que a carta se refere é o geógrafo Estanislau Zeballos (1854-1923), então Ministro das Relações Exteriores da Argentina e tido como diplomata hostil ao Brasil. De uma desavença entre ele e o chanceler brasileiro, o Barão do Rio Branco, iniciou-se a tensão a que alude a carta. (JGC) Texto Anterior: "Eu não caí no repugnante ridículo de uns ciúmes de todo em todo injustificáveis" Próximo Texto: Rio, 13 de março de 1908 Índice |
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