São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996 |
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"Agora sinto falta da documentação" Empresário diz que quer entrar na Justiça FREE-LANCE PARA A FOLHA O empresário Fernando Pio comprou um Alfa Romeo 164, em outubro do ano passado, na concessionária Autosole (SP).Ao retirar o carro, notou que o capô não abria, o teto solar não fechava e o relógio estava quebrado. Após dez dias na revisão, ele disse que alguns problemas foram resolvidos e outros surgiram. Afirmou que nunca recebeu documentos da revenda. Ele diz que hoje sente falta da documentação para agilizar o processo contra a revenda. "Vou ter de pedir na Justiça." O mesmo aconteceu com o empresário Nilton Oshiro, 34, que comprou um Tempra SW 95, em dezembro, na revenda Fiat Milano (SP). Ele diz que com menos de um mês de uso o carro parou por problemas elétricos, apresentou riscos na pintura e ruídos. O veículo esteve seis vezes na oficina. "Em todas as vezes, a Milano só me forneceu um canhoto da ordem de serviço." Na última vez em que esteve na revenda, Oshiro disse que insistiu na documentação. O gerente de serviços lhe deu uma cópia da ordem de serviço, sem data ou assinatura do responsável. O comerciante Nivaldo Rocha, 39, também passou por situação semelhante com uma picape Ford Pampa, comprada dia 29 de janeiro, na Cantareira (SP). Rocha disse que o carro está com vários problemas, que a revenda não consegue solucionar. Ele também não solicitou documentação atestando os problemas no veículo. O engenheiro Carlos Alberto Mazziero comprou um Corsa Wind em junho de 95. Dois meses depois, o carro vazava óleo e fazia ruídos na embreagem. Mesmo após os reparos, o problema continuou. Ele pediu o dinheiro de volta, mas a GM recusou. Após dois meses, Mazziero ganhou outro Corsa, que também apresentou defeitos. "Nas revendas, nunca obtive qualquer tipo de documento relatando os problemas." Mazziero conta que recorreu ao Procon e ao Decon para conseguir provas de que o automóvel esteve por várias vezes nas revendas. Hoje ele não quer que consertem nem troquem o carro por outro. Mazziero entrou na Justiça para reaver o dinheiro. A Folha esteve na concessionária Jewa (SP) com Rafael Maltez, 23, que levou seu Pointer com ferrugem e limpador de pára-brisa quebrado. Ao retirar o carro, solicitou um documento com todos os problemas especificados. O chefe de assistência técnica, Reginaldo França, disse que tinha ordem da VW para não fornecer documentos. Argumentou que o carro estava no período da garantia. A Volkswagen disse que não é necessária autorização da fábrica para fornecer a ordem de serviço ao cliente. Texto Anterior: Cliente deve exigir nota de serviços Próximo Texto: Bateria é mais exigida durante meses de inverno Índice |
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