São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 1996
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'Vandalismo é completo'

ESPECIAL PARA A FOLHA

"O que foi denominado parque Villa-Lobos é, na verdade, o canteiro de uma obra inacabada", diz Ivan Whately, superintendente do Daee (Departamento de Águas e Energia), responsável pela manutenção do parque.
Quem fazia a vigilância do parque até o final de 95 era a empreiteira Camargo Correa, responsável pela obra, e cujo contrato acabou.
Whately informa que já foi aberta uma licitação para a contratação de vigilância. "Não conseguimos equacionar, devido a problemas burocráticos. O vandalismo é completo. Cuidar de parques não é especialidade nossa, apenas fiscalizamos a obra", diz.
O Daee tem outros parques no Estado, localizados em margens de barragens e hidrelétricas, mas não são abertos ao público.
"Acabamos recebendo um abacaxi. O aterro foi feito com material de péssima qualidade. É uma responsabilidade imaginar aquilo como parque", diz Whately.
O vice-governador Geraldo Alckmin Filho confirma que é uma obra inacabada, e que a dívida com a Camargo Correa, que chega a R$ 80 milhões, não foi paga.
No mais, o terreno do parque, desapropriado em 1988, custa, hoje, R$ 850 milhões -apenas 1% da desapropriação foi paga. Alckmin diz que, se for confirmado esse valor, o parque terá de ser devolvido ao antigo proprietário (leia texto nesta página).

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