São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 1996
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Reclamem, mas não deixem de ler

George Michael já estreou o "Eject", com seu último CD

ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma ameaçadora pilha de papéis se acumula sobre minha mesa. São cartas para a coluna, que chegam a São Paulo e a equipe do Folhateen faz a gentileza de mandar por fax aqui para este estranho lugar onde moro há um ano, no Rio.
E, como não gosto de bagunça na minha mesa, vamos às respostas!
A Janaína, de São José do Rio Preto (SP), tem 16 anos, mas já se diz roqueira "das antigas".
Beleza, Janaína. A idéia dessa coluna é mesmo informar. Um beijo.
Beijo também para a Fúlvia Carolina, 16 anos, de Guaratinguetá (SP). Ela mandou uma carta delicada, prometendo "ler toda segunda o que você escreve".
A Fúlvia diz que eu fui a primeira pessoa que ela conheceu, além dela própria, que acha os Dire Straits uns malas. Nada como encontrar uma alma gêmea...
E, falando de Dire Straits, a polêmica continua...
O Dario Souza, fã deles, acha que tenho de cair fora do Folhateen porque falo "mal de todas as bandas".
Roger Sassaki, de São Paulo (SP), diz que escrevo "com arzinho antipático" e meus textos não passam de "filosofia de porta de banheiro".
O Márcio da Rocha Pereira opina que, para escrever sobre rock, é preciso "conhecer instrumentos musicais e música".
Vilde Castro, 21 anos e muito amor pelo George Michael, não se conforma de eu ter botado o último disco do cara no "eject".
A Margarete de Moraes, 27 anos, me acha desinformado, careta e "pretencioso". Escreveu assim mesmo, com "c".
A Luciana Hiromi Yamada, de 12 anos (legal!), ficou possessa de eu ter chamado os Cranberries de chatos.
A esse pessoal que me malhou, peço que continuem acompanhando a coluna e, quem sabe, mudem de opinião.
Há um leitor que eu queria destacar: Jaques Casagrande (Lages, SC), que escreveu não uma, mas duas vezes para me chamar de "fraquíssimo, irresponsável" e se declarar fã de jazz, blues e MPB.
O detalhe é que ele tem 33 anos, a minha idade. Escuta, Jaques, aos 33 anos você não tem nada melhor para fazer do que escrever para um caderno de adolescentes?
Eu, que faço isso profissionalmente, acho esquisito... Quanto mais de graça!
Como diria o Butt-head: "Get a life, dude!"

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