São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 1996
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Rivalidade bilionária começou no Prata

SILVIO CIOFFI
DA REDAÇÃO

Rivais até a morte, os bilionários Aristóteles Onassis (1906-1975) e Stavros Niarchos (1909-1985) iniciaram fortuna na Argentina, disputaram o título de rei dos armadores gregos e algumas das mais belas mulheres de seu tempo.
A família de Onassis perdeu tudo quando sua cidade, Esmirna, caiu sob domínio da Turquia, em 1922.
Em busca de dias melhores, Onassis foi para Buenos Aires. Trabalhou vendendo cigarros de dia e, de noite, como telefonista.
Logo Onassis se transformou no bem-sucedido comerciante que, em 1928, foi escalado pelo governo grego para intermediar acordos.
Daí para ser nomeado cônsul-geral na Argentina foi um pulo.
Aos 25 anos, Onassis já era dono de seu primeiro milhão de dólares.
Em 1932, comprou seis navios canadenses e entrou para o mundo dos grandes negócios.
Onassis casou-se com Tina, filha do armador grego Stavros Livanos. Mas foi em 1953, quando passou a controlar o cassino de Monte Carlo, que virou celebridade.
Divorciado, namorou Maria Callas, uma diva da ópera, mas acabou casando, em 1968, com Jacqueline Bouvier Kennedy, viúva do presidente John Kennedy.
Cunhados e rivais
Onassis morreu em Paris, em 1975, dez anos antes de seu rival, que morreu numa clínica suíça.
Quando jovem, Niarchos estudou direito e trabalhou com o tio, que importava trigo da Argentina.
Depois de convencer a família a cuidar do transporte do trigo, ajudou na aquisição de seis navios.
Iniciou logo sua própria frota, que foi alugada à Marinha grega durante a Segunda Guerra.
Com o seguro dos navios afundados, Niarchos adquiriu novos superpetroleiros.
Casou-se inicialmente com Eugênia Livanos -tornando-se cunhado de Onassis.
Quando Eugênia morreu de overdose de barbitúricos, Niarchos foi até acusado de tê-la induzido ao suicídio.
Anos depois, Jacqueline virou a senhora Onassis, e Niarchos casou com Tina, mantendo acesa a rivalidade, até que a morte privou ambos das riquezas -e dos percalços- da vida.

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