São Paulo, terça-feira, 16 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresas têm linha de crédito

HEINAR MARACY
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em seu discurso de abertura da Fenasoft, o ministro do Planejamento Antonio Kandir anunciou que o BNDES (Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico) terá uma linha de crédito exclusiva para o financiamento de empresas produtoras de software.
"O governo tem claro que o caminho mais consequente para o aumento da produtividade do país passa por investimentos nos setores de informática e telecomunicações", disse Kandir.
Segundo o ministro, na próxima semana, será realizada a primeira reunião de uma comissão formada por representantes do BNDES, da Abes (Associação Brasileira da Indústria de Software) e Assespro (Associação das Empresas Brasileiras de Software e Serviços de Informática) para definir mecanismos para facilitar o financiamento de pequenas empresas de software.
"Realidade diferente"
"O BNDES tem uma tradição de financiamento de grandes empresas. A realidade do setor de software é diferente", disse Kandir.
"O banco deverá formar um acordo com alguma associação do setor, semelhante ao que hoje é desenvolvido em conjunto com o Sebrae, para o financiamento de microempresas."
Segundo o ministro, uma associação do mercado de informática será responsável pela análise da viabilidade das empresas e sua recomendação ao BNDES.
Exportação
"O BNDES não tem condições de analisar as condições de crédito de uma pequena empresa de informática. Além disso, o banco não pode exigir de uma pequena empresa produtora de software as mesmas garantias que exige de uma grande indústria".
Kandir afirmou que o objetivo dessa linha de financiamento é estimular a exportação de software.
"Hoje, o Brasil exporta anualmente US$ 100 milhões em software. Queremos chegar ao final do século com um total de US$ 1 bilhão por ano."
Kandir não disse a quantia que o BNDES irá oferecer para o financiamento à produção de software, mas Atílio Proença, presidente da Assespro, afirmou que a dotação inicial será de US$ 600 milhões.
Segundo Proença, o objetivo dessa nova linha será a capitalização das empresas produtoras de software e o financiamento da distribuição e comercialização dos programas.

Texto Anterior: Show virtual inaugura a 10ª Fenasoft
Próximo Texto: Lotus adapta "Notes" para a Internet
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.