São Paulo, terça-feira, 16 de julho de 1996
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Proposta imoral; Cartilha corrigida; Bela edição; Outra realidade; Crítico demais; Indignação e constrangimento; Sensacionalismo; Ausência aliviante; Escorregada; Pouco profissional; Contraposição

Proposta imoral
"A respeito da reportagem 'Juiz obriga SP a dar coquetel anti-Aids' (10/7), quero manifestar minha opinião absolutamente favorável a essa decisão do juiz. Está na Constituição brasileira, e deve estar no procedimento ético de cada instituição que lida com saúde, fato de que a saúde é um direito de todos os cidadãos e é universal. Fui o relator da tentativa de mudança da Constituição nesse sentido, ocorrida no ano passado, e consegui derrubar essa proposta, que era imoral. Não se pode elitizar a saúde, e isso é um dever do Estado, que não tem sido cumprido"
José Aristodemo Pinotti, deputado federal pelo PMDB-SP (Brasília, DF)

Cartilha corrigida
"Sobre a cartilha 'Mulheres Sem Medo do Poder', assim que soubemos do equívoco referente à colocação do nome do deputado Aracely como membro da bancada feminina na legislatura passada corrigimos manualmente as 2.000 cartilhas que foram distribuídas no lançamento em Brasília.
Para o lançamento paulista, hoje às 10h na Câmara Municipal, as cartilhas estarão acompanhadas de errata.
A outra remessa de 100 mil cartilhas, que estão sendo impressas pela Câmara Federal e Senado e que irão para todas as candidatas via Correios, já incorporou as correções no próprio texto."
Marta Suplicy, deputada federal pelo PT-SP (São Paulo, SP)

Bela edição
"Em nome da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e em nome dos companheiros espalhados em quase duas centenas de acampamentos à espera da reforma agrária, enviamos nossos cumprimentos à Folha pelo brilhante esforço em tentar compreender e ajudar o povo brasileiro a entender quem são os sem-terra.
A bela edição do caderno Sem-terra coroou os esforços de toda a equipe, que se embrenhou pelos acampamentos numa trabalhosa e inédita empreitada para conhecer mais profundamente os protagonistas de uma história pouco conhecida do povo urbano.
Temos recebido dezenas de manifestações de apreço ao trabalho desenvolvido pela Folha."
João Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST -Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (São Paulo, SP)

Outra realidade
"Parabenizamos a Folha pela reportagem da Folhinha 'Tristes meninos do sertão'.
Consideramos ser de extrema importância que as crianças brasileiras que têm oportunidade de só estudar conheçam a realidade daquelas crianças que gostariam de só estudar, mas têm que trabalhar o dia inteiro para ajudar a família e sobreviver."
Vanda Mendes Ribeiro, coordenadora do Centro de Formação/Pólo 1 do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (São Paulo, SP)

Crítico demais
"Pareceu-me crítico demais o editorial 'Mais equívocos', de 13/7, sobre as medidas restritivas à importação.
O editorial não mencionou o desemprego. Se outros países nos roubam empregos no suco de laranja, no aço, no silício e na carne, não poderemos defender-nos em outros setores?
A desolação de Americana não impressiona ninguém?"
Oswaldo Chiquetto (São Paulo, SP)

Indignação e constrangimento
"Venho manifestar minha indignação, e repartir meu constrangimento, em relação à atual situação de exposição do acervo do Masp, o mais importante da América Latina.
Indignação pela falta de respeito ao projeto de espaço do museu, de autoria da arquiteta Lina Bo Bardi, à coleção, exposta de maneira ilegível, e ao público, tratado como mero coadjuvante de um exercício de 'curadoria'.
E repartir o constrangimento que senti ao levar diretores de museus suíços para uma visita e ter que presenciar o seu desprezo."
Ester Grinspum, escultora e ilustradora (São Paulo, SP)

Sensacionalismo
"Venho expressar a minha indignação em relação ao caminho que a Folha vem seguindo nos últimos meses. Quase diariamente sinto repulsa ao pegar o jornal pela manhã e me deparar com fotos de cunho sensacionalista que só chocam, não levando a qualquer tipo de reflexão, pelo contrário.
Eu espero que a Folha volte a ser um jornal sério e confiável, e não sensacionalista, isto é, para vender a qualquer custo!"
Maria Lúcia M. Guerra (São Paulo, SP)

Ausência aliviante
"Senhores deputados federais: continuem com suas faltas, pois dessa forma não causarão maiores males à nação.
Acreditamos que os contribuintes agradecerão a redução de malefícios ocasionados ao país, mesmo pagando os polpudos vencimentos de vossas excelências."
Paulo Finotti (Ribeirão Preto, SP)

Escorregada
"Caro Marcelo Leite: acho que você deu uma escorregadinha. Depois de um texto tão pertinente sobre bom gosto e mau gosto nos textos da Folha, acho que pegou mal sua referência às mulheres ao dissertar sobre o uso da língua. Em que dados você se baseia para dizer que a natureza feminina é vingativa?
Sei que você usou um clichê, mas gostaria que você se redimisse. Afinal, a linguagem é traiçoeira não só nas questões sintáticas e ortográficas, mas também nos clichês que usamos de forma inconsciente e que, tenho certeza, foi o seu caso.
Parabéns pela brilhante coluna semanal. Afinal não sou feminista de carteirinha, mas uma linguista atenta."
Vera Menezes (Belo Horizonte, MG)

Pouco profissional
"É, no mínimo, pouco profissional a nota 'Mera coincidência', publicada no 'Painel' de 7/7. Isso para não dizer covarde e mesquinha.
As três notas que a antecedem na coluna mencionam dados de pesquisa da Apeop e dão conta de que a Prefeitura de São Paulo é responsável por 60% dos empregos oferecidos na área da construção civil, número esse que supera os do Estado e de outras prefeituras somados.
Esses são dados concretos (com os quais a coluna concorda, ou ao menos não discorda). O mesmo não acontece com a insinuação da nota 'Mera coincidência', que covarde e maldosamente diz que 'as empreiteiras paulistas têm sido generosas com o caixa da campanha de Celso Pitta (PPB)', mas não alicerça essa afirmativa com dados.
Quais são as empreiteiras tão generosas? Existem mais de 500 no Estado de São Paulo. Quanto estão investindo na campanha de Celso Pitta? De que forma estão investindo? De modo irregular ou dentro do que prevê a legislação sobre essas doações?
Terá sido 'mera coincidência' omitir essas informações?"
João Carlos Schleder (São Bernardo do Campo, SP)

Contraposição
"A Folha, enfim, faz justiça, já que ninguém o fez, ao sr. Paulo César Farias, publicando a notícia de suas contas fantasmas de 400 milhões, ao lado do mais novo bilionário da Forbes, o 'megatycoon' mineiro Luiz Alberto Garcia.
Temos então a justa contraposição entre o capitalismo selvagem 'à brasileira', representado pelas 'comissões' do finado alagoano, e o selvagem do capitalismo, representado pelo segundo senhor -fotógrafo punitivo dos eventuais erros dos seus servos."
Roberto Spini (Belo Horizonte, MG)

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