São Paulo, quarta-feira, 17 de julho de 1996 |
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Comitê decide sexo de Edinanci até sexta
MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
Caberá ao COI (Comitê Olímpico Internacional), através do exame dos cromossomos, determinar -ao menos na área esportiva- se ela é ou não uma mulher. A chegada de Edinanci ao hospital da Vila Olímpica foi cercada por um frustrado show de cinismo do chefe da delegação de judô, Carlos Matias Pauli de Azevedo. "Ela está otimista", dizia ele em torno de 12h (horário local), "informando" que o teste só aconteceria na quinta-feira. Não sabia que, por telefone, o treinador Geraldo Bernardes, em Macon, a cerca de 100 km de Atlanta, confirmava a realização do exame para as 14h de ontem. "O teste aconteceu? Não estou sabendo de nada", insistia mais tarde Azevedo, quando sua presença na Vila Olímpica era tão certa quanto a de Edinanci. O teste com mucosa, obrigatório para mulheres, é mais rigoroso do que o mero exame de genitália -aceito por algumas entidades esportivas, mas não pelo COI. O rigor, aparentemente, não assusta o técnico Geraldo Bernardes: "Ela está tranquila. Nossa expectativa é favorável, não há motivo para o resultado não ser ok". Edinanci, que disputa na categoria peso-pesado, estréia na manhã de sábado. Se tudo der certo, ela poderá acordar no domingo como a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha olímpica. Texto Anterior: Bye Bye Brasil; Agassi fora? Próximo Texto: Judoca se submeteu a cirurgias Índice |
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