São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 1996
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Caingangues fazem quatro reféns no PR

Polícia deve retirar posseiros hoje

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA; DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

Índios caingangues mantinham até o início da noite de ontem quatro posseiros como reféns na reserva indígena Barão de Antonina, em São Jerônimo da Serra (287 km ao norte de Curitiba).
Na madrugada de ontem, houve tiroteio entre índios e 15 homens que tentaram resgatar os reféns.
Expedito Belo dos Santos, 64, Carlos Luiz, 22, Jorge Cunha e um homem identificado como Devail, que seria filho de Cunha, foram tomados como reféns anteontem, ao serem surpreendidos pelos índios próximos à sede da reserva.
João Maria Tapixi Rodrigues, 55, presidente do Conselho Indígena do Norte do Paraná, afirmou que os quatro reféns só serão libertados "depois que os invasores da reserva saírem da área".
Em 21 de maio, 130 famílias invadiram -pela terceira vez neste ano- a reserva. Oitenta já deixaram a área. Outras 50 se recusam a deixar o local.
A PM do Paraná recebeu determinação ontem do secretário de Segurança Pública do Paraná, Cândido Martins de Oliveira, para cumprir liminar de reintegração de posse da reserva. Os posseiros deverão ser retirados hoje. A expectativa é que, após a retirada, os índios libertem os reféns.
Pontal
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra já cadastrou 3.401 desempregados de cidades do Pontal do Paranapanema para formar acampamentos na região.
Segundo Alcides Gomes Santos, 28, da coordenação estadual do MST em Teodoro Sampaio (710 km de São Paulo), não há intenção, no momento, de promover novas invasões na região.

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