São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 1996
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PERIGO

DA REPORTAGEM LOCAL

Racismo, terrorismo, criminalidade, doping, altas temperaturas, furacões. Essa é a mistura que, apesar dos maciços investimentos, ameaça o brilho da tocha olímpica em 96.
A cidade-sede, Atlanta, contribui para aumentar a preocupação das autoridades com a segurança, que prometem ter 1 policial para cada 3 atletas durante os Jogos. Em São Paulo, há 1 policial para cada 700 habitantes.
Berço do movimento pelos direitos civis dos negros norte-americanos, Atlanta foi considerada ainda a cidade mais perigosa dos EUA nos quesitos assassinato e roubo, em estudo do FBI.
Soma-se a isto o temor de ataques terroristas, presente desde a morte de 11 atletas israelenses em Munique-72, e os litígios existentes entre países participantes.
Por conta desse cenário, a Vila Olímpica será fechada ao público. Grupos de agentes da SWAT e da CIA ficarão a postos.
A tecnologia antidoping nunca esteve tão avançada. Estão à disposição dos fiscais testes cuja eficácia, comprovada cientificamente neste ano, permite detectar substâncias proibidas até sete meses depois de sua utilização.
Mesmo assim, o doping está longe de ser banido. Cientistas acreditam que atletas de elite, como de provas de velocidade, devam utilizar hormônios não-detectáveis para economizar os milésimos de segundo que garantem um lugar no pódio.
Quanto ao clima, a organização divide suas preocupações entre as altas temperaturas da cidade-sede e a aproximação do furacão Bertha a Savannah, que abriga as provas de iatismo.
Na semana passada, quase 250 atletas chegaram a ser evacuados do local de disputa.

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