São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 1996
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Gravadoras deixam de fornecer à Mesbla

DA SUCURSAL DO RIO

A indústria fonográfica, fornecedora de um dos principais nichos de mercado da Mesbla, os CDs, parou de entregar produtos à loja de departamentos e resolveu não aderir ao "Mesbla Esperança".
Analogia à campanha "Criança Esperança", da Rede Globo, o "Mesbla Esperança" é como está sendo conhecido dentro da empresa e por fornecedores o esforço para renegociar os débitos.
Segundo Jorge Lopes, diretor de vendas da Polygram, que tinha créditos de R$ 1 milhão com a Mesbla na concordata, "até para explicar lá fora (na sede da empresa, nos EUA) está difícil".
Ele diz que deixou de fornecer porque a Mesbla não paga, mesmo reconhecendo que é um bom ponto-de-venda. Lopes diz que, depois da concordata, passou a fornecer para a Mesbla com mais cuidado.
O diretor-executivo da Mesbla Leonardo Brunet reconhece que a empresa não está recebendo mercadorias das multinacionais de discos, entre elas a Sony Music.
Lopes disse que as propostas da Mesbla "não interessam" à indústria fonográfica. "Tenho dinheiro lá e quero receber." A proposta que não agradou à Polygram sugeria a transformação da dívida em debêntures conversíveis em ações.

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