São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 1996
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'Cabeça' preocupa mais que contusões

EDGARD ALVES
DO ENVIADO A ATLANTA

As contusões, que tiraram três atletas brasileiros da Olimpíada às vésperas da abertura não são a principal preocupação do médico Arnaldo Santhiago, que acompanha a delegação brasileira.
Segundo o médico do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), o equilíbrio emocional dos atletas é que requer cuidado nessa reta final, quando o início da competição se aproxima.
"O atleta não percebe, mas fica ansioso, sensível. Basta uma leve dor para que ele fique apavorado."
Santhiago disse que as pequenas lesões são comuns. "Você trata e no dia seguinte o atleta volta a treinar normalmente."
Junta médica
O departamento médico do COB conta com seis médicos na Vila, que cobrem três turnos por dia e um plantão noturno.
Como apoio, a equipe tem ainda um fisioterapeuta e mais seis auxiliares. Algumas equipes, como as de futebol e basquete, têm médicos próprios, mas que não estão credenciados para ficar na Vila.
Por cautela, o atleta só pode tomar remédio fornecido pelos médicos. Isso evita envolvimento involuntário com drogas que figuram na lista de doping.
O alojamento do Brasil tem uma sala para exames clínicos e um trailer equipado para fisioterapia e massagens. Exames mais sofisticados são realizados na policlínica da Vila Olímpica.
Lesões
As contusões que afastaram os três brasileiros também são preocupantes, pois afetam o desempenho do país nos Jogos.
Os outros -o do meia Beto, do futebol, e o do atacante Carlão, do vôlei- aconteceram no Brasil. Carlão, que sofreu contusão muscular, era o capitão do time, atual campeão olímpico.
(EA)

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