São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 1996
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Pneus gordos

CARLOS SARLI

Nenhum outro esporte moderno cresceu tão rápido. Das sombras das montanhas para as luzes do pódio olímpico, menos de 15 anos se passaram desde a criação do mountain bike.
O caminho para a Olimpíada teve início com o primeiro Campeonato Mundial, disputado em Durango, Colorado, EUA, no início desta década, e se efetivará no próximo dia 30, quando a categoria masculina pedala para o ouro.
Nos EUA, os números impressionam. Em 92, havia cerca de 12 mil mountain bikers federados, contra 35 mil ciclistas de pista. No ano passado, o número de ciclistas de montanha já havia alcançado os de asfalto.
Estive na última semana em Aspen e Vail, nas montanhas do Colorado, onde tudo começou.
Tive oportunidade de fazer diversas trilhas. Da mais tranquila à mais casca-grossa.
Há trilhas pouco acidentadas e sinalizadas a partir do centro da cidade, outras escondidas e cheias de quebradas, e down hills tomados, com a vantagem que você pode subir nas gôndolas, adaptadas no verão para transportar as bicicletas.
De 8 a 80 anos, todo mundo pedala. Famílias inteiras, esquiadores mantendo a forma, turistas que alugam bicicletas de alta performance em qualquer esquina.
O projeto da pista de cross country de 6,6 milhas de Atlanta é de autoria de um local de Vail, John Bayley. Uma montanha russa versão ciclística.
A prova masculina terá cinco voltas, com 33 milhas, e marcará a primeira transmissão ao vivo da modalidade. A velocidade média é superior a 20 milhas por hora, atingindo 45 nos trechos mais rápidos.
O Brasil estará representado com Márcio Ravelli e o "milk boy" Ivanir Teixeira de Souza, que poucas chances tem de conquistar medalha.
Os favoritos são os europeus, enquanto os americanos, inventores do esporte e competindo em casa, correm por fora.

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