São Paulo, sexta-feira, 19 de julho de 1996
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Religião concorre com massagens

DA REPORTAGEM LOCAL; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um grupo de 37 voluntários tentam garantir a paz espiritual dos esportistas olímpicos, pressionados pelas competições e tentados pelos prazeres da Vila Olímpica, seus salões de jogos e discoteca.
Mas os serviços religiosos na Vila, oferecidos 24 horas diárias, são ainda superados em popularidade pelo salão de massagens, que, na semana passada, já tinha uma fila de espera de cinco dias.
Os efeitos da aromaterapia, das banheiras de hidromassagem e dos ungüentos são muito mais procurados entre os atletas do que os benefícios dos rituais católicos, ortodoxos, protestantes, budistas, muçulmanos, judeus e hinduístas.
Mesmo assim, as duas capelas ecumênicas têm seus usuários assíduos. O padre católico John Hopkins calcula que uma centena de fiéis comungam por dia.
"Nem sempre a melhor preparação garante a vitória. O alimento espiritual e a paz interior também ajudam a correr mais depressa", afirma o padre.
Inquilinos ecumênicos
Os dois prédios que abrigaram os serviços religiosos são, na verdade, os centros católico e batista dentro do campus do Georgia Tech, universidade que herdará a infra-estrutura da Vila Olímpica.
O edifício católico tem como "inquilinos" uma mesquita muçulmana e um templo ortodoxo. Já o prédio batista alberga os rituais budistas, hinduístas e judeus.
"Não esperamos uma multidão. Acho que só aqueles atletas com costumes religiosos rígidos vão ir aos centros religiosos", disse Elmer Goble, coordenador de assuntos religiosos do comitê organizador de Atlanta-96.
As capelas ecumênicas também oferecem vídeos, cds e livros com assuntos ligados à religião.
Mesmo fora da Vila Olímpica, outras doutrinas religiosas se prepararam para Atlanta.
Uma delas, a fé Bahá'í, originária do Iraque e abrigada em Israel, pretende promover sessão de meditação e rezas para os atletas.
Para os visitantes seguidores do judaísmo ortodoxo, foram montados, por toda Atlanta, locais de venda de comida kosher (feita com supervisão de um rabino).

Com agências internacionais

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