São Paulo, sexta-feira, 19 de julho de 1996 |
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Novo sistema protege contra explosões
IGOR GIELOW
O sistema foi desenvolvido pela Agência de Pesquisa em Defesa Aérea, que é ligada ao governo do Reino Unido. A proteção consiste em uma couraça do material ultra-resistente Kevlar, moldada nos compartimentos destinados à carga das aeronaves. Em caso de explosão de uma bomba escondida entre a bagagem, o mais comum em atentados, a parede de Kevlar absorve o impacto e evita a propagação de chamas e destruição da cabine. Com isso, o risco de o avião cair ou explodir por inteiro fica reduzido, segundo o coordenador da pesquisa, Chris Peel, em até 80%. O problema é econômico. Em um Boeing 747-100, como o que explodiu ontem, seriam acrescidas 2,8 toneladas ao seu peso (vazio) de 162 toneladas. Como a maioria das companhias usa, para longas distâncias, o 747-400, o peso original de 180 toneladas sobe em 3 toneladas. Isso significa, em cinco anos, uma previsão de US$ 750 mil a mais em gasto de combustível. A principal motivação da pesquisa foi o atentado contra um Jumbo da Pan Am sobre Lockerbie, na Escócia, em 1988. Depois do atentado, a segurança em Heathrow foi reforçada. Hoje, para sair em um vôo internacional fora da União Européia, o passageiro passa até por duas revistas. Dentro do Reino Unido ou da União Européia, ocorre apenas uma revista. O procedimento é igual no aeroporto de Frankfurt. Texto Anterior: Fiscalização de vôos é criticada nos EUA Próximo Texto: Argentina lembra as vítimas de atentado a sede judaica Índice |
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